foto Ilustração boletimpolicial
São Paulo/SP – A Polícia Federal em São Paulo desencadeia na data de hoje, 12, a Operação Conexão, com o objetivo de desmantelar organização criminosa baseada no Estado de São Paulo e com ramificações nos Estados do Paraná e Mato Grosso do Sul, cuja principal atividade consiste no tráfico internacional de drogas a partir da fronteira do Brasil com o Paraguai.
Ao longo dos mais de 12 meses de trabalho, em razão de informações obtidas no curso da investigação, foram presas em flagrantes 25 pessoas e apreendidos aproximadamente 7 toneladas de maconha, 37 quilos de cocaína, 32 quilos de haxixe, e vultosa quantidade de produtos químicos e maquinários destinados à preparação e adulteração de drogas.
Na data de hoje, a Policia Federal cumpre 11 mandados de prisão temporária, com prazo inicial de 30 dias, em desfavor de integrantes da organização criminosa investigada, e 13 mandados de busca e apreensão nos Estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul e Paraná, expedidos pela Justiça Federal em SP.
No decorrer desta investigação foi possível constatar dentro da organização criminosa a existência de duas células bem definidas e intimamente interligadas e relacionadas.
A primeira delas é composta por fornecedores radicados na fronteira do Brasil com o Paraguai, principalmente nos municípios de Coronel Sapucaia/MS (divisa com Capitan Bado/Paraguai) e Ponta Porã/MS (divisa com Pedro Juan Caballero/Paraguai), os quais, após adquirirem a droga com produtores paraguaios e brasileiros que vivem no país vizinho, auxiliados por intermediários, motoristas, batedores, atravessadores e outras pessoas envolvidas na logística da aquisição e transporte da droga, abastecem o mercado interno do tráfico através da entrega de vultosos carregamentos de substância entorpecente à outra célula da ORCRIM.
Já a segunda é formada pelos compradores da droga obtida junto aos produtores no Paraguai, traficantes atuantes nos grandes centros consumidores, em especial cidades do Estado de São Paulo, a cargo dos quais está toda a logística de recebimento, armazenamento e distribuição do entorpecente, bem como a responsabilidade pelo financiamento da empreitada criminosa, que, muitas vezes, envolve recursos financeiros obtidos com a prática dos mais variados delitos, incluindo a entrega de veículos como forma de pagamento.
Os criminosos presos serão indiciados pelos crimes de tráfico internacional de drogas e associação para o tráfico, previstos nos artigos 33 e 35 c.c. artigo 40, I, da Lei nº 11.343/06, cujas penas máximas cominadas são, respectivamente, de 15 anos e 10 anos de reclusão, acrescidas de um aumento de 1/6 a 2/3 em razão da internacionalidade.
Fonte:DPF
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