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quinta-feira, 20 de maio de 2010

Greve:Delegacias funcionam precariamente em todo o estado

Pessoas surpreendidas com a greve, voltando de delegacias sem registrar boletim de ocorrência. Familiares de presos impedidos de visitá-los, e os policiais civis, de braços cruzados, aderindo à paralisação nacional por tempo indeterminado. Apenas 30% do efetivo de toda a Bahia estão trabalhando nos casos de levantamento cadavérico e prisão em flagrante, quando os policiais militares conduzem o preso até a unidade.

O motivo da greve, a categoria segue o movimento nacional com o objetivo de conseguir a aprovação da Proposta da Emenda Constitucional (PEC) 446/300, que segue na Câmara dos Deputados sem votação, que prevê piso salarial unificado para policiais civis, militares e bombeiro de R$ 3,5, para R$ 7 mil, baseado no piso de Brasília. “A mesma investigação que se faz em Brasília se faz aqui.

O risco e o trabalho são os mesmos, porque nosso piso é diferente?”, questionou o secretário geral do Sindicato dos Policiais Civis (Sindipoc), Bernadino Gayoso, acrescentando que a categoria não vai ceder, até que o projeto seja votado pelos deputados federais. Conforme Gayoso, o piso salário dos agentes está em torno de R$ 1.700, sendo o 22ª colocado no ranking em comparação a outros estados.

Durante o dia de ontem, todas as delegacias de Salvador e interior do estado não estariam registrando ocorrências, nem investigaram crimes, assim como não permitiram que as visitas de presos fossem realizadas, segundo o sindicato. Em frente à Delegacia de Tóxicos e Entorpecente (DTE), uma grande fila de familiares dos detentos aguardavam ansiosos para falar durante uma hora com os entes queridos que se encontram custodiados na unidade. Os membros do Sindipoc chegaram à unidade e cancelaram a visita, o que revoltou os parentes dos presos.

“É um absurdo o que estão fazendo com a gente. Não temos nada a ver com a greve deles, o que queremos é entregar os alimentos e conversar com eles”, disse Lícia Ferreira de Souza, que estava na fila há duas horas para ver o sobrinho. Outra mãe chegou a chorar ao ser informada que não iria poder entrar. “Estou há dois meses sem ver o meu filho. Precisava muito dessa visita”, contou Cláudia Nascimento.

QUEIXAS - O fato de não poder registrar o boletim de ocorrência, surpreendeu o médico ginecologista e obstetra, Malcolm Montgomery. Ele chegou na 1ª Delegacia por volta das 11 horas de ontem, acompanhado de um amigo e foi impedido de registrar ocorrência de um furto de sua carteira. O médico, que reside e trabalha em São Paulo, disse ter sido convidado para vir à capital participar de uma palestra na Câmara dos Vereadores, que teve início começo da manhã de ontem.

“Eu estava sentado na plateia e quando fui chamado para participar da bancada, levantei e deixei a minha mochila, pois havia acabado de desembarcar do aeroporto e não tinha ninguém para tomar conta dos meus pertences. Quando terminou a palestra, a carteira não estava mais na mochila. Fiquei surpreso com a greve. Preciso do boletim para poder viajar. Não estou preocupado com o dinheiro que estava dentro, mas sim, com meus documentos”, afirmou. “Se eu tivesse sido assaltado na rua, até que iria entender, mas dentro da Câmara, é hilário”, comentou o médico. Na delegacia, a vítima foi orientada a acessar a delegacia digital e registrar a queixa.

Fonte:tribunadabahia

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