Por um lado, dor de mãe, ao constatar o fim de um sonho: ver o filho conquistar um diploma e almejar se tornar delegado. De outro, a dor de uma esposa, mãe de um bebê de pouco mais de um ano, ao lembrar dos momentos trágicos vividos na Rua Amazonas, em que mora a família, durante uma tentativa de assalto.
Na rua do crime, moradores comovidos com a trágica morte do policial civil Eli da Silva Pavie, de 36 anos. No Cemitério Bosque da Paz, familiares, amigos e colegas de farda, unidos pela dor e indignação, após episódio de violência, que aterrorizou quem vive no bairro da Pituba.
Cerca de 200 pessoas compareceram na tarde de ontem ao sepultamento. Elza Maria Pavie relatou o sentimento de uma mãe ao perder o filho de forma trágica. “Mesmo sabendo que um deles foi preso, ninguém apaga a dor de uma mãe. Meu filho tirou o diploma em março e em abril tiraram a vida dele. Isso é uma tristeza muito grande para mim”, lamentou.
Eli tinha concluído a faculdade de Direito e sonhava em, um dia, tornar-se delegado. A vítima foi assassinada na frente da mulher, da cunhada e do filho de um ano e oito meses.
Kátia Rejane Pavie, mulher do policial e dona de uma agência de viagens, contou detalhes de como tudo aconteceu. “Eu estava saindo do trabalho e liguei para ele, pois estava com vontade de comer uma pizza. Parei em frente ao nosso prédio e pedi que descesse. Ele desceu com o nosso filho adormecido no colo. Desliguei o carro e saí para pegar meu filho. Carreguei a criança, ele arrodeou o veículo e quando ia abrir a porta, um veículo se aproximou e o assalto foi anunciado”, contou.
Segundo Kátia, o marido ainda entrou em luta corporal com um dos assaltantes, mas foi surpreendido por um disparo na nuca. “Foi tudo muito rápido, quando vi, ele estava se atracando com um bandido, enquanto o outro se aproximou com a arma na mão”, lembrou a viúva, que pediu melhores condições de trabalho para os policiais e segurança para os moradores da cidade, em especial, para os da Pituba.
Fonte:tribunadabahia
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