Bala que filma bandidos é atração em feira de armamentos, no Rio

Foto:dorio vitor/g1

Equipamento, de fabricação israelense, é uma das novidades do Laad. Mostra tem ainda a granada de efeito moral "bailarina".

Um projétil que, em vez de atingir o alvo, filma toda a sua trajetória para identificar a localização de possíveis terroristas chamou a atenção das pessoas que visitaram a Latin America Aero & Defence (Laad) Essa é apenas uma das novidades da Laad, que termina na próxima sexta (20) no RioCentro, em Jacarepaguá, Zona Oeste do Rio. A feira, realizada há mais de 10 anos, é considerada um dos principais eventos na área militar do mundo.

As imagens captadas pela bala-câmera, chamada de Sistema Embutido Multi-uso de Rifle, são transmitidas para um visor de cristal líquido que está conectado a arma utilizada. Com o equipamento, os agentes podem planejar de forma precisa operações de resgate de reféns ou na invasão de território inimigo.

O equipamento, de fabricação israelense, pode ser acoplado a qualquer rifle. Seu alcance é de 250 metros. Além dos inimigos, o artefato localiza também os aliados, evitando o fogo amigo entre os combatentes. As imagens captadas são transmitidas para todos os membros da equipe que estiver em ação. O valor do novo equipamento é de, no minimo, US$ 200 mil (kit para ser usado numa equipe de cinco componentes).

Feira

Além das novidades bélicas de Israel, a Laad deste ano mostra equipamentos bélicos de 30 países, entre eles EUA, Alemanha, Áustria, Espanha, França, Itália, Bélgica, e também do Brasil. A feira traz também novidades no ramo da aeronáutica de todo o mundo.

A empresa brasileira Flight Solutions, por exemplo, desenvolveu o primeiro avião não-tripulado do país. Produzido em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o equipamento foi batizado de WatchDog e pode ser usado na localização de tropas inimigas ou na fiscalização de fronteiras. O avião pode ser visto no stand da empresa na feira

“Não tínhamos ainda este tipo de equipamento produzido aqui no Brasil. Praticamente toda tecnologia de aviação é importada. Agora, queremos desenvolver este tipo de indústria aqui”, disse Nei Brasil, vice-presidente da empresa.

Outra empresa brasileira que participa da feira é a Condor, que desenvolve uma linha de armas não letais, como bombas de efeito moral, fumaça e lacrimogêneas. A empresa está lançando um tipo de granada de efeito moral chamada de “bailarina”. “Batizamos a nova granada com este nome porque ela fica rodopiando após ser arremessada. Isso impede que o bandido pegue e jogue contra a polícia novamente”, explicou Pedro Schneider, asseessor de inovação da empresa.

Fonte:g1