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terça-feira, 8 de junho de 2010

Salvador:Investigação evita fraude em concurso da PM

Fraudadores Presos/Foto reproduçao TV GLOBO
Equipamento Eletronico Utilizado na Fraude

Parte da quadrilha que tentou fraudar a prova de ingresso ao Curso de Formação de Oficiais da Polícia Militar da Bahia já foi identificada pela Coordenadoria de Missões Especiais da Polícia Militar (CME-PM). Integrantes do bando são dos municípios pernambucanos de Serra Talhada e Jaboatão dos Guararapes, segundo a investigação iniciada há cerca de três meses.

A apuração sobre o golpe começou depois que a Universidade do Estado da Bahia (Uneb) e a empresa Consultec, contratada para realizar o sistema seletivo, receberam e-mails anônimos denunciando que ocorreria uma tentativa de fraude no concurso. Informações sobre o esquema também foram localizadas em diálogos de sites de relacionamento na internet.

Depois de receber a denúncia via correio eletrônico, a Polícia Militar montou um esquema para flagrar os envolvidos, revelou o coronel Nivaldo Nascimento dos Anjos, diretor do Departamento de Pessoal da PM, setor responsável pelos processos seletivos da corporação. Todos os pernambucanos foram colocados para fazer as provas no Colégio da Polícia Militar (CPM), nos Dendezeiros, para facilitar a fiscalização.

PMs à paisana foram espalhados dentro e fora do colégio. Com informações da Polícia Militar de Pernambuco sobre a forma de agir do bando, os militares baianos montaram um esquema para fiscalizar os concorrentes que pediam para ir ao sanitário durante a prova. Quando o motorista pernambucano Joaquim Martins do Rio, 23 anos, saiu da sala para ir ao banheiro, foi submetido a uma revista com detector de metais, e um aparelho eletrônico que estava sob sua camisa acabou sendo descoberto.

Como os outros 10 pernambucanos que estavam fazendo a prova já tinham sido identificados, foi fácil localizá-los. O fato de o veículo Honda Civic preto usado pelo bando no dia do concurso ter placa da cidade de Serra Talhada corrobora com a investigação da PM sobre a origem dos golpistas.

A professora Itana Marques, diretora da Consultec, confirmou que a denúncia sobre a fraude chegou por meio de e-mail para a empresa e para a Uneb. Ela disse que as providências foram tomadas para evitar que a fraude ocorresse e descarta a possibilidade de a prova ter vazado. Cada caderno de provas possui códigos pictóricos que impossibilitam a fraude, diferentemente de anos anteriores, quando os códigos eram alfanuméricos.

O planejamento para o concurso foi feito durante seis meses e com ajuda de consultores em segurança. Mas essa não é a primeira vez de tentativa de fraude em exames da Consultec, alguns inclusive como vazamento de provas, como aconteceu recentemente com a prova do Exame Nacional do Ensino Médio.

Ministério Público -
A promotora Rita Tourinho, coordenadora do Grupo de Atuação Especial de Defesa do Patrimônio Público e da Moralidade Administrativa, disse que vai analisar a possibilidade de suspender, temporariamente, o concurso até o fim das investigações. A tentativa de fraude no
concurso para ingresso no Curso de Formação de Oficiais (CFO) não foi a primeira vez que ocorreu.

Uma investigação aberta pela corregedoria da Polícia Militar apura a participação de 14 alunos da turma de 2005 num esquema similar. O coronel Manoel Francisco Gomes Bastos, corregedor da PM,informou, por meio da assessoria de comunicação da corporação, que foi instaurado um processo administrativo disciplinar para investigar a participação dos 14 alunos. Os processos ainda não foram concluídos porque os acusados arrolaram 75 testemunhas que residem no interior da Bahia e até em outros estados.

A tomada de depoimento das testemunhas de outros municípios e de outros estados atrasou a conclusão da apuração. A suspeita de fraude no concurso ocorreu em 2005, após a etapa de provas, quando os concorrentes já eram alunos oficiais, por isso a investigação ficou a cargo da corregedoria da PM. Entre os suspeitos estão pessoas de Serra Talhada e do Recife, em Pernambuco, e também de Jacobina, Juazeiro e Feira de Santana.

Caso comprovada a participação, eles poderão ser expulsos dos quadros da PM. Em 2009, fraude semelhante ocorreu no Curso de Formação de Oficiais da Polícia Militar de Pernambuco. A secretaria de administração daquele Estado suspendeu o concurso por 90 dias, por sugestão do Ministério Público. O promotor pernambucano que apura o caso não quis dar entrevista ao A TARDE, mas há suspeitas de que a quadrilha investigada por ele foi a mesma que tentou fraudar o concurso baiano.

Fonte:A Tarde

Um comentário:

  1. Belíssimo trabalho da policia, temos q acabar com esses fraudadores filhos da puta!!!

    estudamos tanto para os caras desses que não sabem nem o que um artigo, vir e passar na nossa frente.

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