As investigações da Delegacia de Homicídios (DH) de Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, indicam que a estudante Eliza Samudio, 25 anos — mãe de um menino de quatro meses, fruto de um conturbado relacionamento com o goleiro Bruno, do Flamengo — já esteja morta há cerca de 20 dias. Pelo menos esta é a opinião da delegada reponsável pelo caso, Alessandra Wilke. A jovem, que está desaparecida desde o último dia 5, teria sido espancada e morta por três homens dentro do sítio do próprio jogador, na região de Esmeraldas, próximo à capital mineira. O jogador Bruno seria um dos agressores. Ele deve depor na próxima semana.
Bebê de 4 meses, que seria filho do goleiro Bruno, é levado para o Conselho Tutelar em Minas Gerais | Foto: André Mourão / Agência O Dia
Desde quinta-feira, as divisões de Homicídios do Rio de Janeiro e de Minas Gerais procuravam Eliza e seu filho Bruno. O menino foi encontrado na madrugada de ontem, após uma peregrinação por endereços em três municípios mineiros. A esposa do goleiro, Dayanne Rodrigues do Carmo Sousa, 23 anos, chegou a ser presa em flagrante pelo crime de subtração de incapaz. Horas depois, o juiz de plantão do Fórum de Contagem lhe concedeu a liberdade provisória. A criança foi levada para o Abrigo Lar Efatá até que o pai de Eliza, Luiz Carlos, que vive em Foz do Iguaçu, no Paraná, chegue.
“O caso de seu desaparecimento está causando enorme repercussão e ela até agora não apareceu. Nenhuma das pessoas que tinha contato com Eliza sabe onde ela está. Então, nosso objetivo agora é tentar localizar esse corpo”, disse Alessandra Wilke.
‘A intenção era acabar com tudo dela (Eliza) para não sobrar nenhum vestígio. Infelizmente, tudo indica que a moça esteja morta’ | Foto: André Mourão / Agência O Dia
A prisão da mulher de Bruno, com quem o goleiro tem duas filhas, de quatro e dois anos, já reforçava essas suspeitas da polícia. Na manhã de sexta-feira, agentes estiveram no sítio e avistaram a criança. No fim da tarde, por volta das 16h30, quando voltaram ao local, os agentes já não encontraram mais o bebê. A Polícia Civil mineira levou o caseiro José Roberto Machado, sua esposa, e o administrador do sítio, Elenílson Vítor da Silva, à delegacia. Os três prestaram depoimento.
Inicialmente, Vítor negou a existência da criança. Mas depois admitiu que ela havia sido levada para o local por Luiz Henrique Macarrão, amigo de infância do goleiro, no dia 7 de junho, dois dias depois do desaparecimento de Eliza.
A delegada descobriu, através dos mesmos depoimentos, que o filho de Eliza, registrado como Bruno, já havia recebido outro nome: Rian. “O Vítor disse que o Macarrão, quando chegou com a criança, disse que era para cuidarmos dela, que era filho do Bruno, até que o Bruno decidisse o que fazer", diz Alessandra Wilke.
Fonte:O Dia
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