Mestre ÁlvaroO investigador de polícia Álvaro Castro, 68 anos, lotado na Coordenação de Operações Especiais (COE) da Polícia Civil conquistou neste final de semana o bicampeonato, na categoria super senior, do XIII Campeonato Brasileiro de Tiro Prático. O evento, realizado no Estande de Tiro General Darci Lázaro, em Brasília, entre os dias 4 e 6 deste mês, reuniu 264 participantes, dentre eles policiais federais, civis, militares, integrantes das Forças Armadas e esportistas.
Os competidores percorreram 22 pistas (cada trajeto com aproximadamente 200m), com alvos móveis. O “Mestre Álvaro”, como é chamado carinhosamente pelos colegas da unidade e alunos dos cursos de tiro promovidos na COE, conseguiu acertar com precisão e em menor tempo todos os alvos dispostos nos percursos.
“Além do alto nível dos meus adversários, outro difícil obstáculo que consegui superar para conquistar este título foi o clima seco do centro-oeste brasileiro nesta época do ano”, ressaltou Castro, mostrando nas mãos e nos lábios as feridas resultantes dos efeitos da baixa humidade do ar. A arma utilizada pelo policial da COE no torneio foi a pistola calibre ponto 40, padrão das polícias Civil e Militar na Bahia. Títulos Em mais de 30 anos dedicados ao estudo da parte teórica e prática de armamento e tiro, “Mestre Álvaro” conquistou dezenas de títulos, dentre eles a VII Copa Mercosul de Tiro Prático (2004) e no ano de 2003 sagrou-se campeão do XVI Campeonato Brasileiro de Tiro Prático, feito repetido este ano.
Álvaro Castro tem 12 anos de carreira na Polícia Civil, mas a paixão por armamentos começou em 1961, quando ele serviu no Exército Brasileiro. Na década de 70 ele fundou a Associação Baiana de Tiro (ABT), onde o número da sua inscrição é o 001.
“É imprescindível o treinamento para realizar ações policiais inteligentes e eficientes”, afirmou Castro. Lembrou que recentemente policiais da COE entraram em confronto com ladrões de banco, fortemente armados, na BR-324, e conseguiram com êxito desarticular o bando sem oferecer risco à população e sem baixas dentre os policiais envolvidos. Patrocínio
Com a conquista do título brasileiro, Álvaro Castro está credenciado a participar dos campeonatos sulamericano e panamericano de Tiro Prático, porém corre o risco de não poder competir, devido a falta de patrocínio. “Todos os atletas baianos sofrem com a falta de apoio das empresas para custear as nossas passagens, hospedagem e munição”, contou o agente da COE.
Destacou que os policiais e esportistas do sudeste e sul do país, a maioria deles contando com o apoio de patrocinadores, participam de praticamente todas as provas do calendário anual da Confederação Brasileira de Tiro Prático. “Temos excelentes atletas no nosso estado, que necessitam apenas de apoio financeiro para aumentar a representatividade do nordeste nas competições”, concluiu.
Fonte:SSP BA
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