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domingo, 12 de setembro de 2010

Escâner corporal só prendeu um traficante em aeroportos do país

Escâner corporal é utilizado no Reino Unido (foto), Peru, Equador, Argentina, Chile e Colômbia

O aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, na Grande São Paulo, prendeu apenas uma pessoa com a ajuda do escâner corporal - o aparelho faz uma espécie de raio-x do passageiro, revelando se ele porta drogas e explosivos. A prisão ocorreu durante a fase de testes do aparelho, que se estendeu de maio a julho deste ano. O escâner é usado desde o mês passado no terminal de maior movimento do Brasil.

No país, aeroportos do Rio de Janeiro (Galeão), Recife e Manaus, que também ganharam o escâner, não registraram nenhuma detenção. O aparelho foi instalado nesses terminais perto da ala de embarque.

De acordo com o delegado chefe da PF-SP (Polícia Federal), Mario Menin Júnior, o homem preso em Cumbica é estrangeiro, vindo de um país da América do Sul (que não foi divulgado) e havia ingerido várias cápsulas de cocaína. Segundo ele, a escolha de quem será submetido ao escâner é aleatória.

- Nós abordamos pessoas suspeitas e pedimos para que ela se dirija à máquina. Um policial fica numa sala sem ser visto e analisa a pessoa. A imagem é como se fosse um raio-x e é possível ver se a pessoa carrega objetos estranhos ou se engoliu algum entorpecente.

Questionado se o itinerário de viagem dos suspeitos é levado em conta nas abordagens, Menin disse que essa consulta só é feita após o indivíduo passar pelo aparelho. O delegado não soube informar a média de pessoas abordadas diariamente no aeroporto.

- Não fazemos levantamento prévio para saber se o passageiro fez escalas em locais conhecidos por integrarem a rota de tráfico, por exemplo. Após passar pela máquina, caso apareça algum objeto estranho, a pessoa é encaminhada ao hospital mais próximo do aeroporto.

O aeroporto de Recife fez testes por apenas quatro dias – entre 26 e 30 de abril - e validou o funcionamento do escâner em maio passado. Já no aeroporto do Galeão, os testes foram feitos de maio até agosto, quando começou a vigorar a fiscalização.

O aeroporto de Manaus não forneceu dados sobre a fase de testes e o início da fiscalização.

Acordo bilateral

Segundo a assessoria de imprensa da PF, cada um desses aeroportos tem apenas um escâner, cujo valor é de R$ 600 mil. As máquinas alemãs foram doadas pelos Estados Unidos após um acordo com o Brasil.

Até o ano que vem, deverão ser instalados mais escâneres nos aeroportos de Foz do Iguaçu (PR), Cuiabá (MT), Brasília (DF), Fortaleza (CE), Salvador (BA) e Rio Branco (AC). O escâner é utilizado nos aeroportos do Peru, Equador, Argentina, Chile e Colômbia. No Reino Unido, o aparelho também é usado em portos e estações ferroviárias.

Fonte:R7.com

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