A Delegacia de Combate às Drogas (Dcod) vai ganhar R$ 500 mil para combater o crack no estado. A verba, do Ministério da Justiça, será empregada na compra de equipamentos na área de inteligência para auxiliar os policiais nas investigações, principalmente sobre a droga.
A Dcod será a unidade do Rio beneficiada pelo projeto federal | Foto: Fábio Gonçalves / Agência O Dia
Além do Rio, delegacias de combate ao narcotráfico de nove estados também estão no programa do Ministério da Justiça e farão parte do Grupo Permanente de Enfrentamento ao Crack (Gpec) que vai atuar em todo o País —, cujo acordo foi assinado sexta-feira em Brasília. Participam ainda a Polícia Federal (PF), Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp).
A política de combate ao crack foi instituída pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva por meio do decreto 7.179 de 20 de maio deste ano. Ao todo, serão investidos no programa R$ 400 milhões.
Entre as ações propostas, está a criação de um banco de dados, um software específico para que delegacias possam trocar informações sobre distribuição, compra, circulação e entrada da droga no Brasil.
“Essa falta de comunicação entre as instituições é uma das deficiências na política de combate ao crack. Não adianta um estado ter uma excelente investigação sobre a droga, se não pode compartilhá-la com os outros que sofrem do mesmo problema. A ideia é combater o consumo e a entrada da droga nos estados”, explicou Isabel Figueiredo, assessora especial do ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto.
Os primeiros a receberem os R$ 500 mil serão Rio Grande do Sul, Pernambuco e Paraná. Formam o Gpec ainda Minas Gerais, Bahia, Pará, Acre, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Os outros estados devem ser incorporados assim que apresentarem projetos sobre o tema à Senasp.
Hora de traçar panorama
Titular da Delegacia de Combate às Drogas (Dcod) há apenas três meses, o delegado Pedro Medina esteve em Brasília sexta-feira. “Com esse programa vamos poder traçar um panorama nacional sobre o crack, que é uma droga que se espalhou pelo País há pouco tempo”, disse o delegado.
“E com essa verba vamos equipar a delegacia e assim aprimorar também as investigações sobre todos os outros entorpecentes. Sem esses aparatos, expomos muito os policiais e isso acaba dificultando as nossas diligências, principalmente em áreas ainda dominadas pelo tráfico que tem um poderio bélico grande”, completou ele.
Fonte: O Dia
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