Bem vindo ao Boletim Policial, o seu espaço de notícias voltado a Segurança.
Para colaborar com o site, envie a sua matéria para o e-mail: agnelo.lopes@ig.com.br


domingo, 17 de outubro de 2010

Rio:Emoção de 17 sobreviventes

‘Cabeças cortadas, corpo dilacerado. Quem mexe com o Bope tem que ter muito cuidado’, cantavam, ontem, os 17 alunos do Curso de Operações Especiais (Coesp) do Bope ao chegar ao topo do Parque da Cidade, em Niterói. Após o último treinamento no parapente, eles foram surpreendidos com uma festa de formatura surpresa. Chegava ao fim o suplício dos agentes, agora ‘caveiras’. Diante do secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame, do comandante do Bope, tenente-coronel Paulo Henrique Azevedo, e de familiares, eles não tinham mais motivo para pedir para sair.
Alunos do Curso de Operações Especiais (Coesp) foram consagrados ‘caveiras’ na presença de autoridades e recepcionados por familiares | Foto: Alexandre Vieira / Agência O Dia

“A gente pensa que nunca vai acabar. Para suportar, pensava em Deus, na minha mulher, no meu filho e mentalizava: ‘hoje eu não vou pedir para ir embora’”, contou Edson de Oliveira, do 19º Batalhão de Polícia Militar, que tinha o pé direito machucado. “Caí na quarta-feira”, contou ele, que abriu enorme sorriso ao ver o filho, Kauã, de 6 anos, com figurino semelhante ao do Bope. “Ele quer ser igual ao pai”, disse a mulher de Edson, Marília Moreira.

O grupo foi saudado pelo secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame. “Não me sinto à vontade para falar sobre o Bope, sobre o que só os senhores já sabem. Tenho enorme carinho pelo Bope, os senhores têm uma chancela que os diferencia. Agradeço o exemplo que os senhores estão dando. O exemplo que o Bope dá é para o mundo, nas UPPs. Obrigado pelo exemplo que vocês dão para aqueles que ficaram pelo caminho, para as suas corporações, pelo exemplo que dão para seus filhos e família e pelo exemplo que os senhores vão começar a dar agora”, discursou.


Os novos oficiais também passaram pela ‘brevetação’, quando agentes da corporação entregam a medalha, com o símbolo da faca na caveira, aos novatos. O agente 48, Paulo de Souza, 28 anos, que veio de Brasília, pediu que o brevê fosse pregado em seu peito. “Simboliza uma mudança na minha vida”, filosofou ele.

Fonte: O Dia

Nenhum comentário:

Postar um comentário