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quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Rio:Alemão: Preso acusado de ser responsável por lavagem de dinheiro do tráfico

Ilustração Boletim Policial

Mais um bandido que estava foragido do Complexo do Alemão, na Penha, Zona Norte do Rio, foi preso. O traficante identificado como Tiago Augusto dos Santos Igreja, o Tiaguinho do Complexo, foi preso na noite desta terça-feira, em casa, uma cobertura num condomínio em Vargem Grande, na Zona Oeste da cidade. O bandido também era segurança de Fabiano Atanásio da Silva, do chefe do tráfico da Vila Cruzeiro, na Penha.

De acordo com investigações da polícia, Tiaguinho, 27 anos, seria responsável pela lavagem de dinheiro do Conjunto de Favelas do Alemão. Ainda segundo a polícia, na ficha corrida de Tiaguinho consta receptação de carros, adulteração de placas e sequestro.


Também na noite de terça-feira, policiais da Coordenadoria de Vias Especiais (CVE) do Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRv) prenderam André de Carvalho Silva, de 31 anos, na Avenida Brasil, em Irajá. Ele é acusado pela polícia de ser um dos bandidos que fugiram da Vila Cruzeiro, na Penha, Zona Norte do Rio, após a ocupação da comunidade pela PM há duas semanas.


Mãozinha


O cabo da Polícia Militar e primo do traficante Edson Ventapane da Silva, conhecido como Mãozinha, será afastado das suas funções por 30 dias. Segundo o coronel Mário Sérgio Duarte o PM foi indiciado por favorecimento pessoal e ficará afastado até o término das investigações.


Agentes da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF) prenderam, no fim da tarde desta segunda-feira, mais um foragido da quadrilha que controlava os complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte da cidade: Edson Ventapane da Silva, o Mãozinha. O criminoso é irmão de Emerson Ventapane da Silva, o Mão, que na semana passada já havia sido preso por agentes da 21ª DP (Bonsucesso).


A dupla integrava um dos grupos de assaltantes de carros e cargas mais violentos da cidade, suspeitos de terem participado de dezenas de assassinatos de policiais.


Um casaco da Polícia Militar foi apreendido com Mãozinha, contra quem já havia um mandado de prisão expedido pela Justiça.

Ataques começaram no dia 21 de novembro

A onda de ataques violentos no Rio e Grande Rio começou no domingo 21 de novembro, por volta do meio-dia, na Linha Vermelha, quando seis bandidos armados com cinco fuzis e uma granada fecharam a pista sentido Centro, altura de Vigário Geral. Os criminosos, em dois carros, levaram pertences de passageiros e queimaram dois veículos, após expulsarem os ocupantes. Para o secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, as ações criminosas são uma reação contra a política de ocupação de territórios do tráfico, por meio das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) e a transferências de bandidos para presídios federais em outros estados.

Na manhã da segunda-feira, cinco bandidos armados atacaram motoristas no Trevo das Margaridas, próximo à Avenida Brasil, em Irajá, também na Zona Norte. Os criminosos roubaram e incendiaram três veículos. No mesmo dia, criminosos armados com fuzis atiraram em uma cabine da PM na rua Monsenhor Félix, em frente ao Cemitério de Irajá. A PM acredita que o incidente tenha sido provocado pelos mesmos bandidos que haviam incendiado os três carros na mesma manhã. À noite, traficantes incendiaram dois carros na Rodovia Presidente Dutra, na altura da Pavuna. Foi o quinto ataque a motoristas em menos de 48 horas. Na Zona Norte, outra cabine da Polícia Militar foi metralhada.

No dia seguinte, as polícias Militar e Civil se uniram para reforçar o patrulhamento pelas ruas do Rio. O efetivo foi redobrado para controlar os ataques dos bandidos. A operação, que se chamou 'Fecha Quartel', suspendeu todas as folgas dos policiais militares do Rio de Janeiro. Mais de 20 favelas foram invadidas e armas e drogas foram apreendidas. Bandidos foram presos e alguns criminosos mortos em confronto com agentes.

Na quarta-feira 24 de novembro, novos ataques: ônibus, van e carros foram incendiados na Zona Norte do Rio, Baixada Fluminense e Niterói. Sérgio Cabral, governador do Rio, desafiou os bandidos: 'Não há paz falsa. Não negociamos'. Em uma reunião de cúpula da Segurança Pública do Estado, ficou decidido que a Marinha daria apoio logístico às operações de resposta aos ataques de bandidos.

Em mais um dia de veículos incendiados espalhados pela cidade, mais de 450 homens - entre polícias Militar e Civil e fuzileiros da Marinha, com o apoio de blindados de guerra da força naval, tomaram a Vila Cruzeiro, no Complexo da Penha. Emissoras de tv mostraram, ao vivo, centenas de bandidos armados fugindo para comunidades vizinhas. Cenas históricas que mostraram a atual situação do Rio de Janeiro.

Na sexta-feira 26 de novembro, o Exército e a Polícia Federal entraram na batalha. No sábado, uma chance para traficantes locais. A Polícia Militar tentou a rendição dos cerca de 600 bandidos que estariam no Complexo do Alemão. Exatamente às 7h59 deste domingo, o comando da PM ordenou a invasão e poucos mais de 1 hora depois, o Estado comunicava que o conjunto de favelas estava tomado.


Desde então, muitas armas e toneladas de drogas foram apreendidas. Alguns bandidos foram presos e tiveram autorização para serem transferidos para presídios federais, mas os chefões do tráfico de drogas da região ainda estão sendo procurados pela polícia.

Fonte:O Dia

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