Eu estava abastecendo quando vi a meu lado 2 VTR’s. A minha frente um (01) dos Pm’s. Comecei a observá-lo: Tenso, alerta, consciente de sua missão, olhava p/ os lados empunhando uma arma de cano para baixo. Seu rosto jovem me comoveu.
Poderia levar um tiro a qualquer momento em qualquer lugar, ficar lesado, morrer... por mim, por você, por nós em qualquer parte do Brasil, não importa a Corporação nem se é PM, Civil, Fed...
Tentei imaginar como eu me sentiria se fosse um de meus netos.
Que suspiro de alivio a cada noite ou manhã sabendo que ele estava em casa. Que angústia sempre que noticiassem perseguições, tiroteios... Quanto ganha p/ se expor assim um rapaz desses? O que eu vi tinha na mão esquerda uma aliança, poderia ter filhos, com certeza muito pequenos dada sua pouca idade.
Que vida a dessas famílias, em troca, penso eu de uma compensação diminuta.
Impressionada com sua seriedade e a realidade daquela arma enorme, me senti em dívida com aquele quase menino, tentei imaginar o quanto ganharia ele?
Tanque cheio sai rodando pensativa:
Se fossemos um país mais educado, menos Policiais morreriam por nós, com certeza menos cidadãos seriam assaltados, violentados e mortos, menos jovens se tornariam malfeitores e menos forças teriam os NARCOTRAFICANTES...
Revista Veja - 23/01/2008 pág. 18 - Lya Luft; tradutora (traduziu mais de 100 livros)escritora, poetisa, professora e articulista de Veja
Poderia levar um tiro a qualquer momento em qualquer lugar, ficar lesado, morrer... por mim, por você, por nós em qualquer parte do Brasil, não importa a Corporação nem se é PM, Civil, Fed...
Tentei imaginar como eu me sentiria se fosse um de meus netos.
Que suspiro de alivio a cada noite ou manhã sabendo que ele estava em casa. Que angústia sempre que noticiassem perseguições, tiroteios... Quanto ganha p/ se expor assim um rapaz desses? O que eu vi tinha na mão esquerda uma aliança, poderia ter filhos, com certeza muito pequenos dada sua pouca idade.
Que vida a dessas famílias, em troca, penso eu de uma compensação diminuta.
Impressionada com sua seriedade e a realidade daquela arma enorme, me senti em dívida com aquele quase menino, tentei imaginar o quanto ganharia ele?
Tanque cheio sai rodando pensativa:
Se fossemos um país mais educado, menos Policiais morreriam por nós, com certeza menos cidadãos seriam assaltados, violentados e mortos, menos jovens se tornariam malfeitores e menos forças teriam os NARCOTRAFICANTES...
Revista Veja - 23/01/2008 pág. 18 - Lya Luft; tradutora (traduziu mais de 100 livros)escritora, poetisa, professora e articulista de Veja
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