Três traficantes de classe média foram apresentados nesta quarta-feira (18) pela Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes (DTE), depois de uma operação em conjunto com o Departamento de Investigações Sobre Narcóticos (Denarc). Um dos presos trabalhava em uma produtora ligada a eventos de axé.
Jorge Silva Brito, 34 anos, foi preso nesta terça-feira na Barra, perto da produtora Carreira Solo, onde trabalhava. A produtora assessora artistas como Jammil e Parangolé. Os policiais seguiram com ele para sua casa, no bairro do Costa Azul, onde foram encontradas 450 gramas de maconha, 5 gramas de haxixe e, escondido na CPU do computador, R$ 93.500. O irmão de Jorge, Nilson Borges de Souza, 33 anos, foi preso depois com 400 gramas de maconha.
Além dos irmãos, já haviam sido presos Rômulo Oliveira, no último dia 13, em Jauá, com 700 gramas de cocaína, e Gustavo Reguera Conde Filho, 31 anos, preso em 14 de julho com mais de 6 kg de maconha, cocaína e crack em seu apartamento em Ondina.
Segundo o delegado Cleandro Pimenta, diretor do Denarc, a quadrilha era responsável por fornecer drogas em bairros de classe média-alta como Ondina, Vitória, Graça e Rio Vermelho. Por conta da proximidade com os eventos de axé, se acredita também que eles tinham facilidade em vender drogas nessas festas. "Foi feito um grande cerco e acredito que se fechou uma porta importante na distribuição de drogas (para estes bairros", disse o delegado.
Todos os envolvidos negam o envolvimento com o tráfico de drogas. Gustavo chegou a dizer que a droga foi deixada em sua casa por um traficante chamado Toddynho - segundo o delegado, esta pessoa não existe e o nome foi inventado. Todos dizem ser usuários e afirmam serem bodes expiatórias na situação. Jorge declarou que o dinheiro encontrado escondido em sua CPU foi ganhado honestamente, com seu trabalho em eventos. Na casa dele também foi apreendida uma carteira de identidade adulterada.
Fonte:correio24horas
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