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segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Pau Brasil:Força Nacional ocupa área de conflito

Trinta policiais da Força Nacional retiraram neste domingo, 31, duas barreiras, na altura das fazendas Boa Vista e Santa Maria, que estariam impedindo a passagem de empregados que iriam votar no centro de Pau Brasil, a 551 km de Salvador. Conforme acusação dos fazendeiros, as barreiras teriam sido feitas pelos índios Pataxó hã-hã-hãe.

A chegada de policiais fortemente armados que devem permanecer no local ao longo da semana gerou tensão na região. Eles fizeram vistoria na estrada que liga Pau Brasil e Itaju do Colônia para reconhecimento da área onde ficam as seis fazendas retomadas pelos pataxós.

Barreiras na altura de duas fazendas foram retiradas pela Força  Nacional. Foto: Luiz Tito/AG. A TARDE.

Neste domingo, havia a expectativa de ocorrer a prisão de sete lideranças da aldeia Caramuru-Paraguaçu, por determinação da Justiça Federal. O líder pataxó Agnaldo Santos, um dos que estariam com prisão decretada, disse que a comunidade ficou assustada.

“Na quarta-feira tivemos uma reunião com o delegado da Policia Federal, Fábio Marques, na qual denunciamos o clima de tensão com a presença de pistoleiros armados ao redor das seis fazendas que retomamos no dia 5, e, na quinta-feira fomos surpreendidos com os mandados de prisão”, afirmou o líder pataxó.

Procurado por A TARDE, o delegado Fábio Marques não confirmou os mandados de prisão contra lideranças indígenas e disse que a presença da Força Nacional tem o objetivo de pacificar a região.

Força Nacional encontra-se em Pau Brasil com o objetivo de manter a  ordem no local. Foto: Luiz Tito/AG. A TARDE.

Segundo o líder pataxó, a Procuradoria da República estaria entrando nesta segunda-feira, 1º, com pedidos de habeas corpus para todo o grupo, integrado pelo cacique Gerson Melo, pelo filho dele, Jefferson de Souza Melo, por Maria de Souza Melo e Leônidas Souza, irmã e sobrinho do cacique, além de Ideildes e Lindalva Santos.

Todos estariam sendo acusados de formação de quadrilha, desordem pública e incentivo à violência. “Queremos dialogar, mas não vamos aceitar que a polícia invada nosso território”.

Fonte: A Tarde / Boletim Policial

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