O despreparo psicológico para usar armas tirou das ruas de Campinas 20% do efetivo da Guarda Municipal, desde a semana passada. O resultado em um teste para renovar o porte de armas mostrou que 126 dos 620 GM´s avaliados foram reprovados. Eles já tiveram que devolver o equipamento e foram transferidos para funções administrativas.
Segundo o assessor da Guarda Municipal de Campinas, coronel Marco Aurélio Sotto, já ocorre um remanejamento para diminuir o impacto na segurança da cidade. Sotto também garantiu que 60 profissionais serão efetivados em breve. Eles passaram em concurso público e estão em fase de treinamento.
O índice de reprovação em Campinas é o maior comparado com outras três cidades da região. Em Piracicaba e Limeira, a taxa foi de 1% e 6,2%, respectivamente. Em Americana, todos foram aprovados.
A avaliação é feita a cada dois anos, de acordo com a Lei Federal do desarmamento. O delegado da Polícia Federal de Campinas, Jessé Coelho de Almeida, considera o resultado normal. "O que impressionou foi o baixo índice de reprovação das outras cidades", comentou. Para a psicóloga Maria de Fátima, situações do ambiente do trabalho influenciam negativamente no desempenho. "A pressão é muito forte. Isso gera stress, o que acaba refletindo no teste", explicou.
O GM Orisvaldo dos Reis Silva trabalhou durante 13 anos na rua, mas agora ocupa um cargo burocrático, após ser reprovado no teste. Ele culpa a carga horária excessiva pela situação. "Isso (carga horária) cansa a gente e atrapalha na hora do teste", justificou.
Em julho deste ano, um Guarda Municipal esteve envolvido na morte de um passageiro de ônibus, na Avenida Anchieta, durante uma tentativa de assalto. Segundo as investigações, a bala que atingiu a cabeça de Otaviano José de Lima, de 26 anos, saiu da arma de um de um dos guardas que tentava conter o bandido.O GM acabou autuado por homicídio culposo e foi afastado da corporação por 60 dias.
Fonte:GCMBLOG.COM / BOLETIM POLICIAL
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