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quinta-feira, 25 de março de 2010

Países juntam esforços para combater trafico de pessoas

Propor soluções preventivas e repressivas para combater o trafico de pessoas em todo o mundo. Este é o desafio do Seminário Regional sobre Trafico de Pessoas e Exploração Sexual, aberto na manhã desta quinta-feira (25) em São Paulo. Até amanhã, o tema será discutido por autoridades do Brasil, Argentina, Chile, Bolívia, Paraguai, Uruguai e Suécia, que organiza o encontro em parceria com o Ministério da Justiça e o Escritório das Nações Unidas contra Drogas e Crime (UNODC).

“É preciso quebrar o paradigma que envolve o tráfico de pessoas. A sociedade, as autoridades e as próprias vítimas precisam quebrar o silêncio”, defendeu o secretário Nacional de Justiça, do Ministério da Justiça, Romeu Tuma Junior. Para ele, também é fundamental que as políticas migratórias levem em conta o problema do tráfico de pessoas. “Quanto mais restritivas forem estas políticas, mais propício será o ambiente para as quadrilhas do ramo atuarem`, afirmou.

O pensamento é o mesmo do secretário de Justiça de São Paulo, Luiz Antonio Marrey. O secretário defende a articulação de uma rede de atuação entre órgãos públicos e organizações da sociedade civil no enfretamento ao tráfico. Na sua opinião, a prevenção e repressão precisam ser eficazes. “As pessoas, as crianças precisam ser alertadas quanto ao problema. O tráfico de seres humanos é um crime vil e hediondo”, declarou.
Lucro
O tráfico de seres humanos é um dos crimes mais lucrativos do mundo. Movimenta cerca de US$ 16 bilhões por ano na América Latina. O dado é do embaixador de Direitos Humanos da Suécia, Jan Nordlander. A movimentação financeira fica atrás apenas do tráfico de drogas e de armas. “As pessoas são tratadas como comoditties e depois descartadas. Não é uma situação digna da humanidade”, condenou. Ele lembrou que o assunto é um dos tópicos principais do governo sueco atualmente.

Representante do UNODC no Brasil, Bo Mathiasen, comparou o trafico de seres humanos á escravidão. “O tráfico é a expressão contemporânea da escravidão. Não se pode aceitar a exploração das mulheres e de crianças, as maiores vitimas”, destacou. Ele lembrou que 80% das vitimas do crime são mulheres, que acabam sendo exploradas sexualmente.

Segundo Mathiasen, a UNODC considera três eixos principais para o enfrentamento do problema – prevenção ao crime, proteção das vitimas e criminalização do problema. Ações nos três sentidos já vem sendo desenvolvida em parceria com diversos paises. No Brasil, essas ações fazem parte do Plano Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, coordenado pelo Ministério da Justiça. “É fundamental uma atuação articulada entre as nações. Com a globalização, as fronteiras se tornaram tênues. E os grupos que cometem este tipo de crime estão dispersos. Espero que o seminário seja proveitoso”, concluiu.
Fonte:portal.mj.gov.br

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